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Índices de Renda Variável da América Latina: Análise Quantitativa Quarto Trimestre de 2022

Índices de Renda Variável da América Latina: Análise Quantitativa Terceiro Trimestre de 2022

Moonshots: Uma proposta para 2022 e o futuro

A resistência da renda variável dos EUA

Ações da América Latina fecham 2021 no vermelho pelo segundo ano consecutivo, impulsionadas pela fraqueza no Brasil

Índices de Renda Variável da América Latina: Análise Quantitativa Quarto Trimestre de 2022

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Silvia Kitchener

Director, Global Equity Indices, Latin America

S&P Dow Jones Indices

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Hugo Barrera

Senior Analyst, Factors and Dividends Product Management

S&P Dow Jones Indices

Apesar de um ano difícil para a maioria dos mercados de valores no mundo, o índice S&P Latin America BMI ganhou 4,9% em 2022, e a América Latina foi o único dos principais mercados regionais de valores a fechar o ano em território positivo. Isto marcou uma forte mudança em relação a 2021, ano em que as ações latino-americanas foram as únicas no vermelho, enquanto o S&P 500® e vários outros mercados de ações regionais atingiram níveis recordes.

Enquanto a maioria dos mercados acionários foi prejudicada pelo aumento das taxas de juros, preocupações com uma recessão e um declínio acentuado no setor tecnológico e outras ações orientadas para o crescimento, as ações da América Latina se beneficiaram da sua alta exposição às commodities e de uma exposição limitada à Tecnologia da Informação, juntamente com a força das moedas locais em relação ao dólar americano.

Do ponto de vista trimestral, as regiões globais tiveram dificuldades durante o ano todo. A América Latina, por outro lado, obteve ganhos em três dos quatro trimestres, como mostra o desempenho do S&P Latin America BMI.

Uma análise mais detalhada dos principais índices dos países mostra que o S&P MERVAL (ARS) da Argentina registrou os maiores ganhos no quarto trimestre (45,3%) e YTD (142,0%). No entanto, esses retornos refletem a alta taxa de inflação do país. Olhando para os mercados emergentes da região, o Chile foi o país com melhor desempenho em 2022, como refletido pelo S&P IPSA, impulsionado principalmente pela sua exposição à mineração, que o manteve em território positivo no segundo trimestre (enquanto outras regiões registraram perdas nesse período). O Peru e a Colômbia, apesar da recente instabilidade política com os seus novos governos eleitos, terminaram o ano perdendo apenas 2% cada um. Os maiores mercados da região, Brasil e México, ambos tiveram seus altos e baixos; no final, o Brasil foi capaz de gerar maiores retornos, impulsionado pelas suas empresas de mineração e petróleo e gás, ajudando o índice S&P Brazil LargeMidCap (BRL) a ganhar 3,5%, enquanto o índice S&P/BMV IRT (MXN) do México caiu 5,7% no ano.

A análise setorial mostra que os retornos durante o período de um ano foram mistos. O aumento dos preços do petróleo levou o setor de Energia (41,2%) a ter um desempenho superior. Outros setores do S&P Latin America BMI que tiveram uma excelente performance foram Imóveis (16,3%) e Serviços de Utilidade Pública (14,5%), porém Serviços Financeiros (8,8%) e Materiais (9,1%), que são representados pelas maiores empresas da região, tiveram a maior contribuição para os retornos depois do setor de Energia.

2023 começou com novas visões e expectativas para a região. Os novos líderes no Brasil, Chile, Colômbia e Peru provavelmente trarão mudanças significativas nas políticas econômicas e governamentais destes países em 2023. A região também está se preparando para um ano que pode ser difícil, pois os ecos de uma recessão global pesam sobre o sentimento do mercado de valores. A América Latina continuará a ganhar das outras regiões? Será interessante ver como a região lida com as incertezas econômicas, políticas e de saúde pública.


Índices de Renda Variável da América Latina: Análise Quantitativa Terceiro Trimestre de 2022

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Hugo Barrera

Senior Analyst, Factors and Dividends Product Management

S&P Dow Jones Indices

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Silvia Kitchener

Director, Global Equity Indices, Latin America

S&P Dow Jones Indices

Certamente este ano está sendo muito interessante para as ações da América Latina. Apesar da turbulência dos últimos três trimestres, a região tem sido resiliente. O S&P 500® e o S&P Emerging BMI declinaram em cada trimestre de 2022 e perderam mais de 20% no ano até 30 de setembro de 2022. Enquanto isso, o S&P Latin America BMI ganhou 3,6% no terceiro trimestre, situando-se em território positivo até à data. 

Embora os retornos tenham sido desiguais entre países e trimestres, é claro que o desempenho estelar do Chile e do Brasil contribuiu para os ganhos gerais da América Latina. Além disso, entre os índices globais de países, o Chile e o Brasil estão entre os cinco países com melhor desempenho no terceiro trimestre e no ano.

A história na região não mudou muito desde o último trimestre, uma vez que a inflação, o aumento das taxas de juros, o conflito Rússia-Ucrânia e a incerteza política local continuam a ameaçar a região. Apesar destes obstáculos, os mercados em geral se saíram relativamente bem no terceiro trimestre. Com exceção da Colômbia e do México, todos os outros mercados acionários apresentaram ganhos durante o trimestre, sendo o S&P MERVAL da Argentina o que registrou o maior aumento com 57% em pesos argentinos (ARS). O S&P IPSA do Chile encerrou o trimestre com uma alta de 3% em pesos chilenos (CLP) e foi o único índice a ter retornos positivos em cada trimestre de 2022. Os fortes retornos do S&P Brazil BMI de quase 12% compensaram a perda de 6% do S&P/BMV IRT do México.

Em termos de setores, a maioria terminou de forma positiva, com ganhos de 27,5%, 18,6% e 16,6%, respectivamente, para Tecnologia da Informação, Bens de Consumo Discricionário e Energia. O setor de Serviços Financeiros, que subiu 8,3%, e o de Energia, que subiu 16,6%, foram os maiores contribuintes para os retornos totais da região. Materiais (-6,0%), o segundo maior setor da região depois do financeiro, teve o maior impacto negativo nos retornos da região durante o trimestre.

As dez maiores empresas por ponderação no índice, que representam mais de 30% do índice, tiveram um impacto significativo sobre o desempenho no terceiro trimestre. Especificamente, as gigantes brasileiras Petrobras e Itaú Unibanco foram os principais impulsionadores para levar a região a um território positivo. Empresas mineradoras como a brasileira Vale, a mexicana Grupo México e a peruana Southern Copper foram significativamente afetadas pela queda nos preços do minério de ferro e do cobre, que caíram 18,3% e 22,0% até à data, respectivamente. Serviços de Comunicações fechou o trimestre no extremo final do lado negativo, impulsionado pela queda de quase 13% nos preços da América Móvil do México no terceiro trimestre.

Apesar dos altos e baixos dos mercados, as ações da América Latina permaneceram resistentes até agora. Ao entrarmos no quarto trimestre, será interessante ver se a região pode segurar esses ganhos e, com sorte, acrescentar mais alguns, conforme o ano chega ao fim.


Moonshots: Uma proposta para 2022 e o futuro

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Srineel Jalagani

Senior Director, Thematic Indices

S&P Dow Jones Indices

Este artigo foi publicado originalmente no blog Indexology® em 22 de fevereiro de 2022.

O S&P Kensho Moonshots Index (o índice Moonshots) é uma estratégia inovadora que visa obter exposição às empresas mais inovadoras em seus estágios iniciais de crescimento. Nosso artigo anterior demonstrou a capacidade do índice Moonshots de capturar o prêmio das empresas de inovação em estágio inicial contra seus pares mais estabelecidos. A inovação como temática continua a crescer, pois tanto empresas como consumidores lidam com os impactos econômicos e comportamentais decorrentes da COVID-19.

O desempenho recente do índice Moonshots tem sido volátil, observando-se retornos mensais negativos consideráveis em dezembro de 2021 e janeiro de 2022, em comparação com o histórico do índice (ver quadro 1). O desempenho do índice em relação ao benchmark S&P SmallCap 600® também apresentou retornos significativamente negativos (ver quadro 2). Apesar deste último episódio de volatilidade, o valor do índice Moonshots em 16 de fevereiro de 2022 permanece acima (cerca de 15%) do seu nível anterior à pandemia.

Moonshots: Uma proposta para 2022 e o futuro: Quadro 1

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A resistência da renda variável dos EUA

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Fei Wang

Senior Analyst, U.S. Equity Indices

S&P Dow Jones Indices

Este artigo foi publicado originalmente no blog Indexology® no dia 9 de fevereiro de 2022.

Tem sido um início complicado de 2022, com rebaixamentos em muitos segmentos dos mercados acionários. As ações tiveram desempenhos divergentes em meio a anúncios de ganhos variados, um complexo energético em ascensão, riscos geopolíticos e expectativas de aumento das taxas de juros da Reserva Federal dos Estados Unidos. Embora longe da mesma magnitude, os retornos recentes têm lembrado o mês de março de 2020. De fato, a diferença mensal de 29% entre os setores com melhor e pior desempenho do S&P 500® em janeiro de 2022 foi a maior desde março de 2020. Alguns participantes do mercado podem estar contemplando mudanças de portfólio em resposta a recentes rebaixamentos, mas outros podem querer considerar o poder potencial de não fazer nada.

O quadro 1 mostra que o desempenho do S&P 500, do S&P MidCap 400® e do S&P SmallCap 600®, bem como suas versões de ponderação equitativa, setoriais e de estilo, foi surpreendentemente positivo durante o período de três anos que terminou em 31 de dezembro de 2021. Embora os últimos três anos tenham mostrado as tendências de mudança de sentimentos, do declínio do mercado devido ao início da pandemia da COVID-19, da turbulência por volta das eleições presidenciais americanas de 2020 e da resposta bem vigiada do Fed ao aumento da inflação, o S&P 500 registrou um retorno total de 100%. O setor de Tecnologia da Informação liderou o caminho com um retorno total de 190%, e todos os índices, exceto dois, terminaram com retornos positivos.

A resistência da renda variável dos EUA: Quadro 1

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Ações da América Latina fecham 2021 no vermelho pelo segundo ano consecutivo, impulsionadas pela fraqueza no Brasil

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Silvia Kitchener

Director, Global Equity Indices, Latin America

S&P Dow Jones Indices

Este artigo foi publicado originalmente no blog de Indexology® em 19 de janeiro de 2022.

O ano de 2021 começou com esperança, pois as vacinas contra a COVID-19 vieram para salvar o mundo. Entretanto, como em muitas outras partes do mundo, os países latino-americanos tiveram dificuldades para controlar o impacto da pandemia em suas economias e sociedades. Além disso, a incerteza política e a agitação social em vários países contribuíram para um ano decepcionante.

Enquanto a maioria dos mercados globais teve um forte desempenho em 2021, o S&P Latin America BMI terminou o ano abaixo de 12%, com retornos negativos em três dos quatro trimestres. É interessante notar, entretanto, que a América Latina com exceção do Brasil teve um resultado diferente, pois o S&P MILA Pacific Alliance Composite ganhou 6,7% durante o ano (ver o quadro 1).

Ações da América Latina fecham 2021 no vermelho pelo segundo ano consecutivo, impulsionadas pela fraqueza no Brasil: Quadro 1

Embora os índices principais da Argentina, Chile, Colômbia e Peru tenham fechado 2021 em território positivo em moedas locais, o México foi o destaque entre os países latino-americanos, pois o S&P/BMV IRT ganhou 24,4% YTD (ver o quadro 2). A história foi diferente em termos de dólares americanos, já que todos os mercados, exceto Argentina e México, terminaram no vermelho devido à depreciação da moeda local em relação ao dólar americano.

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