No investimento, risco e retorno são duas faces da mesma moeda, os retornos esperados de um ativo devem ser acompanhados por variação ou incerteza em torno do resultado desses retornos. Mantendo as demais condições, os ativos com um maior risco deveriam ser compensados, em média, por maiores retornos. A mesma filosofia é aplicável à avaliação do desempenho. O desempenho dos fundos de gestão ativa e passiva deveria ser avaliado em proporção dos riscos assumidos para obter tais retornos.
O nosso Scorecard SPIVA® Ajustado pelo Risco analisa o desempenho de fundos de gestão ativa em comparação com seus benchmarks desde a perspectiva do risco, utilizando retornos brutos e líquidos (com e sem taxas de administração, respectivamente). A fim de definir e medir o risco, utilizamos o desvio padrão dos retornos mensais durante um período determinado. A relação de retorno/risco representa a conexão e o tradeoff entre risco e retorno. Mantendo as demais condições, um fundo com uma maior relação é preferível, já que proporciona um maior retorno por unidade de risco assumido. Para que a nossa comparação fosse relevante, também ajustamos os retornos dos benchmarks utilizados em nossa análise de acordo com a sua volatilidade.
Após considerar o risco, a maioria dos fundos ativos nacionais em todas as categorias perdeu para o seu benchmark quanto aos retornos líquidos, em horizontes de investimento de médio e longo prazo. Embora o desempenho ajustado pelo risco dos fundos ativos melhorou em comparação com os seus benchmarks quando analisados com taxas de administração, a categoria de fundos imobiliários foi a única categoria em obter uma relação superior à do seu índice de referência no período de cinco anos. Em geral, a maioria dos gestores de renda variável nacional em quase todas as categorias perdeu para o seu benchmark quanto aos retornos brutos.