Este artigo foi publicado originalmente no blog de Indexology® em 10 de abril de 2024.
A história de uma corrida a pé entre uma tartaruga determinada e uma lebre rápida, mas complacente, está em nossa memória há muito tempo. A versão mais antiga que se conhece tem dois mil e quinhentos anos; começa com a lebre zombando dos pés lentos da tartaruga, o que leva a um desafio e uma competição, e termina em uma vitória surpreendente.
Recentemente, publicamos um artigo sobre o aumento do investimento passivo nos mercados de renda fixa e tomamos emprestado o título da fábula de Esopo para nossos propósitos. As pessoas com maior sensibilidade auditiva podem ouvir uma entrevista sobre o assunto realizada no programa “The Essential Podcast” da S&P Global, do qual devo admitir, foi muito divertido de participar.
Há duas maneiras pelas quais uma comparação entre a fábula de Esopo e o investimento passivo em títulos pode ser pertinente. Por um lado, o investimento ativo é a abordagem mais ágil e celebrada: ganhar do índice e nunca se conformar com a “média”, em comparação com o processo metódico e pedestre de acompanhar passivamente um mercado. De acordo com essa visão, os gestores ativos desempenham o papel da lebre, e os investidores em índices, o da tartaruga.
Por outro lado, a história do investimento passivo é contada com mais frequência em relação ao mercado de ações: o primeiro fundo baseado em índices, o primeiro ETF, a maior proporção de ativos; todos são atribuídos à história da renda variável. Os mercados de ações (e seus índices) também estão sujeitos a uma cobertura mais glamourosa e empolgante da mídia, na maioria das vezes. Em termos do uso de fundos passivos, os mercados de títulos de dívida são a tartaruga.
Ambas as interpretações estão alinhadas com uma percepção geral entre os investidores profissionais de que os mercados de títulos são mais adequados para a gestão ativa. Parece haver uma crença generalizada de que os gestores ativos têm uma taxa de sucesso maior em títulos de renda fixa e, embora isso não seja necessariamente certo, é um fato que o uso de instrumentos passivos é menos significativo entre os fundos mútuos de títulos de dívida, e acompanhar os índices de títulos pode ser muito mais difícil do que acompanhar os índices de renda variável.