O scorecard SPIVA da América Latina compara o desempenho de fundos mútuos de gestão ativa no Brasil, Chile e México com seus benchmarks
em horizontes de investimento de um, três, cinco e dez anos.
Março de 2020 apresentou o maior declínio mensal de todas as categorias nos últimos dez anos. A maioria dos gestores ativos de renda variável no Chile e no México perderam para o seu benchmark, especialmente em horizontes de longo prazo. O segmento large cap do Brasil teve resultados levemente melhores e os gestores conseguiram ultrapassar o seu benchmark nos períodos de um e três anos. Contudo, mesmo esta
vantagem desapareceu em períodos mais extensos.
Brasil
- Após quatro anos de retornos de dois dígitos no mercado brasileiro de valores, o S&P Brazil BMI caiu 15,62% durante a primeira metade do ano. O sell-off impulsionado pelo COVID-19 atingiu todos os segmentos do mercado acionário do país. As empresas large cap e mid-small cap registraram retornos de 15,81% e 15,20%, respectivamente, medidos pelos índices S&P Brazil LargeCap Index e S&P Brazil MidSmallCap Index.
- Durante a primeira metade de 2020, o Conselho Monetário Nacional reduziu a taxa Selic de 4,5% para 2,25% (225 pontos base) em 30 de junho de 2020. Neste ambiente de baixas taxas,2 os fundos de renda variável em três setores (Renda variável do Brasil, Fundos large cap do Brasil, Fundos mid/small cap do Brasil) apresentaram um desempenho notável, apesar dos resultados principalmente negativos da classe de ativos. A taxa de sobrevivência subiu nos horizontes de um e três anos em comparação com a versão de fechamento de 2019 deste scorecard, especialmente nas categorias de Fundos mid/small cap do Brasil e Renda variável do Brasil, que aumentaram a sua taxa de três anos em 8,11% e 2,06%, respectivamente.