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Scorecard de Persistência na América Latina - Fechamento de 2023

SPIVA da América Latina: Fechamento de 2023

SPIVA da América Latina: Primeiro semestre 2023

Scorecard de Persistência na América Latina - Fechamento de 2022

SPIVA® da América Latina: Fechamento de 2022

Scorecard de Persistência na América Latina - Fechamento de 2023

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Joseph Nelesen, Ph.D.

Head of Specialists, Index Investment Strategy

S&P Dow Jones Indices

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Davide Di Gioia

Director, Index Investment Strategy

S&P Dow Jones Indices

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Sabatino Longo

Quantitative Analyst, Index Investment Strategy

S&P Dow Jones Indices

Resumo

Os resultados dos investimentos podem ser atribuídos à habilidade ou à sorte? É mais provável que a habilidade genuína persista, enquanto a sorte é aleatória e fugaz. Portanto, uma medida da habilidade é a consistência do desempenho de um fundo em relação a seus pares. O Scorecard de Persistência mede essa consistência e demonstra que, independentemente da classe de ativos ou do estilo de investimento, o desempenho superior da gestão ativa normalmente é de curta duração, e que poucos fundos superam consistentemente os seus pares.

Dentro do total de 201 fundos em nossas sete categorias regionais relatadas no Brasil, Chile e México, cujo desempenho os colocou no primeiro quartil durante o período de doze meses encerrado em dezembro de 2019, apenas quatro fundos (2%) conseguiram permanecer nessa posição durante cada um dos quatro anos seguintes (ver tabela 2). O quadro 1 ilustra que em três das sete categorias, menos de 50% dos fundos conseguiram se manter na primeira metade durante dois períodos consecutivos de cinco anos (ver tabela 6).

Scorecard de Persistência na América Latina - Fechamento de 2023: Quadro 1

Destaques

Brasil

  • A maioria dos gestores brasileiros de fundos de renda variável com os melhores resultados não mantiveram seu desempenho superior nos anos seguintes. Entre os fundos de renda variável classificados no quartil superior durante o período de doze meses encerrado em dezembro de 2019, só um permaneceu constantemente no quartil superior nos seguintes quatro períodos de um ano (ver tabela 2). Os resultados superiores obtidos pelos fundos ativos durante 2021 não predisseram que o mesmo ia se repetir nos dos anos seguintes (ver tabela 1b).
  • A categoria de fundos de títulos de dívida pública do Brasil demonstrou um desgaste similar nos resultados superiores: precisamente nenhum dos gestores que esteve no quartil superior em dezembro de 2019 conseguiu manter essa posição pelos seguintes quatro períodos de doze meses (ver tabela 2).
  • Os fundos de títulos de dívida corporativa do Brasil se saíram um pouco melhor, visto que 9,1% dos gestores mantiveram um desempenho no quartil superior constantemente por cinco anos consecutivos e que 33,3% permaneceram no quartil superior por dois períodos consecutivos de cinco anos (ver a tabela 2 e a tabela 5).

Chile

  • A falta de persistência dos gestores de renda variável foi igualmente visível no Chile: apenas um em cada onze (9,1%) fundos situados no quartil superior durante o primeiro período de doze meses repetiu seu desempenho superior nos quatro anos seguintes (ver tabela 2).
  • A tabela 3 mostra que 33,3% dos fundos situados no primeiro quartil no primeiro período da matriz de transição de três anos mantiveram a sua posição no final do segundo período.
  • No caso dos fundos classificados na metade superior durante o período de três anos encerrado em dezembro de 2020, a maioria (55,6%) caiu para a metade inferior, foi fundida ou liquidada no período de três anos seguinte (ver tabela 4).

México

  • Assim como em outras regiões, os gestores posicionados no quartil superior no México tiveram dificuldade em replicar sua classificação nos anos posteriores. Após um ano, apenas 36,4% dos fundos mexicanos de renda variável se mantiveram no primeiro quartil, e depois de quatro anos, nenhum deles se manteve (ver tabela 2).
  • A matriz de transição de cinco anos demonstra que 40% dos fundos no primeiro quartil posteriormente caíram para o terceiro ou quarto quartil durante o período de cinco anos, ou foram fundidos ou liquidados; enquanto outro 40% dos fundos permaneceram no primeiro quartil (ver tabela 5).
  • Em consonância com os dados do Scorecard SPIVA® da América Latina de Fechamento de 2023, o México teve uma maior taxa de sobrevivência de fundos que o Brasil e o Chile em todos os períodos medidos. As tabelas 3, 4, 5 e 6 demonstram que, em média, os fundos mexicanos tiveram uma chance menor de serem fechados do que os fundos brasileiros e chilenos.

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SPIVA da América Latina: Fechamento de 2023

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Joseph Nelesen, Ph.D.

Head of Specialists, Index Investment Strategy

S&P Dow Jones Indices

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Anu R. Ganti

U.S. Head of Index Investment Strategy

S&P Dow Jones Indices

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Davide Di Gioia

Director, Index Investment Strategy

S&P Dow Jones Indices

Resumo

O Scorecard SPIVA da América Latina mede o desempenho de fundos mútuos de gestão ativa no Brasil, Chile e México, em comparação com seus respectivos benchmarks em diferentes horizontes de tempo, fornecendo estatísticas de taxas de desempenho superior aos índices, taxas sobrevivência e dispersão no desempenho dos fundos.

Destaques do primeiro semestre de 2023

Em um ano de recuperação e desempenho positivo de dois dígitos entre os índices de referência da América Latina, as taxas de desempenho inferior entre os gestores ativos variaram significativamente por país e classe de ativos. Os gestores de renda variável no Chile e de títulos de dívida corporativa no Brasil tiveram um desempenho melhor do que a maioria, e menos da metade dos fundos perdeu para os seus benchmarks. Em todas as outras categorias, a maioria dos fundos ativos teve um desempenho inferior aos índices em 2023 e em períodos mais longos (ver quadro 1).

SPIVA da América Latina: Fechamento de 2023: Quadro 1

México

  • O S&P/BMV IRT ganhou 22,7% durante o ano-calendário de 2023. Em uma inversão drástica em relação a 2022, a grande maioria dos gestores de fundos ativos de renda variável do México (90,7%) apresentou desempenho inferior no horizonte de um ano. Em períodos mais longos, ganhar dos índices continuou a ser um desafio, pois 79,1%, 77,8% e 87,8% dos gestores perderam para o seu benchmark em períodos de 3, 5 e 10 anos, respectivamente (ver relatório 1a).
  • O retorno médio dos fundos ativos ficou 5,3% abaixo do índice de referência em 2023, pior do que em períodos mais longos; os fundos médios tiveram desempenho inferior em 3,8%, 3,0% e 2,7% nos períodos de 3, 5 e 10 anos, respectivamente (ver relatórios 3 e 5). Durante o período de 10 anos, até mesmo o limite para os gestores do primeiro quartil ficou atrás do benchmark em 1,4%.
  • As taxas de sobrevivência dos fundos ativos no México permaneceram as mais altas da América Latina com 100,0%, 100,0%, 91,1% e 78,0% nos períodos de 1, 3, 5 e 10 anos, respectivamente (ver relatório 2). Com isso, já são sete scorecards consecutivos em que os fundos de ações do México apresentam as maiores taxas de sobrevivência em períodos de 3 e 5 anos.
  • Fundos com ativos maiores tiveram um desempenho muito pior do que fundos menores em 2023; os retornos médios para fundos de renda variável do México foram 2,7% mais baixos com ponderação por ativos do que com ponderação equitativa (ver relatórios 3 e 4).

Brasil

  • O mercado brasileiro de valores fechou 2023 em forte alta e o S&P Brazil BMI subiu 25,3% (ver relatório 3). As empresas de grande porte, medidas pelo S&P Brazil LargeCap, subiram 25,9%, superando ligeiramente o desempenho das empresas de médio e pequeno porte, medidas pelo S&P Brazil MidSmallCap, que terminou o ano com uma alta de 23,7%.
  • Em 2023, 61,3% dos fundos ativos mid/small cap brasileiros perderam para o seu benchmark, enquanto uma maioria ainda mais ampla dos fundos ativos de renda variável perdeu para os seus benchmarks em outras categorias. Foram observadas taxas de desempenho inferior de 88,0% entre fundos large cap e de 82,1% entre fundos de renda variável do Brasil. Os gestores ativos de todas as categorias, com exceção dos fundos large cap do Brasil, tiveram um desempenho mais fraco em relação aos seus benchmarks respectivos no período mais longo de 10 anos encerrado em 2023. As taxas de desempenho inferior neste período foram de 91,6%, 81,2% e 90,2% nas categorias de fundos de renda variável, fundos large-cap e fundos mid/small cap do Brasil, respectivamente (ver relatório 1a).

Chile

  • O mercado acionário do Chile apresentou uma performance positiva, mesmo que tenha sido menos espetacular do que a de seus pares regionais; o S&P Chile BMI alcançou um ganho de 13,7% no período de 12 meses encerrado em 31 de dezembro de 2023 (ver relatório 3).
  • A menor parte dos gestores ativos de fundos de renda variável (40,0%) teve um desempenho inferior ao S&P Chile BMI ao longo do horizonte de 1 ano, mas a taxa de desempenho inferior aumentou em períodos mais longos: 64,4% e 93,2% dos fundos ativos perderam para o seu benchmark nos períodos de 5 e 10 anos, respectivamente (ver relatório 1a). Os fundos médios tiveram um ano excepcional, superando o benchmark em 2,9% em 2023, mas ficaram atrás em 2,0% no período mais longo de 10 anos (ver relatório 5).
  • Durante o período de 1 ano, o tamanho dos fundos não teve importância para os retornos e os fundos ativos de renda variável no Chile subiram 17,3% e 16,9% quando ponderados equitativamente e quando ponderados por ativos, respectivamente. Durante o período de 10 anos encerrado em 2022, no entanto, os retornos ponderados por ativos dos fundos de renda variável do Chile apresentaram uma média de 5,2%, enquanto os retornos ponderados equitativamente tiveram uma média de 4,7%, o que indica que fundos com mais ativos geraram um desempenho ligeiramente maior do que os seus pares menores (ver relatórios 3 e 4).
  • Ao longo do período de 10 anos, o limite para os gestores do primeiro quartil ultrapassou o benchmark em 0,5% (ver relatórios 3 e 5).

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SPIVA da América Latina: Primeiro semestre 2023

Resumo

O Scorecard SPIVA (S&P Indices Versus Active) da América Latina compara o desempenho de fundos mútuos de gestão ativa no Brasil, Chile e México com seus benchmarks em períodos de um, três, cinco e dez anos.

Destaques do primeiro semestre de 2023

Na primeira metade de 2023, o desempenho dos gestores ativos na América Latina foi variado. A maioria dos gestores ativos em quase todas as categorias perdeu para o seu benchmark, especialmente em períodos mais extensos. Apenas nas categorias de fundos de títulos de dívida corporativa do Brasil e renda variável do Chile as taxas de desempenho inferior ficaram abaixo de 50% na primeira metade de 2023.

Quadro 1: percentual de fundos da América Latina superados pelo benchmark

Brasil

  • O índice S&P Brazil BMI subiu 10,6% no acumulado do ano. Os fundos de renda variável do Brasil subiram 9,8% e 10,9% com ponderação equitativa e ponderação por ativos, respectivamente. Dos fundos dessa categoria, 58,1% tiveram um desempenho inferior ao do benchmark no primeiro semestre do ano, com taxas de desempenho inferior que aumentaram para 76,6%, 74,5% e 92,3% nos horizontes de três, cinco e dez anos, respectivamente.
  • As empresas large cap apresentaram 10,0% na primeira metade de 2023, conforme medido pelo S&P Brazil LargeCap. Os fundos desta categoria ganharam 7,1% tanto com ponderação equitativa quanto ponderados por ativos durante o mesmo período. Dos fundos large cap do Brasil, 77,9% perderam para o benchmark. O desempenho inferior no longo prazo aumentou e 82,4% dos fundos perderam para o benchmark em um período de dez anos.
  • Em contrapartida, as empresas de capitalização baixa e média tiveram um desempenho relativamente melhor e o S&P Brazil MidSmallCap subiu 11,9% no acumulado do ano. Os fundos desta categoria ganharam 14,3% e 11,6% com ponderação equitativa e ponderação por ativos, respectivamente. O desempenho inferior nessa categoria foi muito equilibrado: 53,7% dos gestores ativos perderam para o seu benchmark no primeiro semestre de 2023 e as taxas de desempenho inferior aumentaram em períodos mais longos.
  • Menos de um terço dos fundos de títulos de dívida corporativa do Brasil tiveram desempenho inferior, enquanto 79,4% dos fundos de títulos de dívida pública perderam para o seu índice de referência em um período de seis meses. Em consonância com seus pares de renda variável, as taxas de desempenho inferior aumentaram em períodos mais longos.

Chile

  • O S&P Chile BMI subiu 7,2% no acumulado do ano. No entanto, apenas 35,6% dos fundos de renda variável do Chile perderam para o benchmark durante o mesmo período; e os níveis de desempenho inferior foram mais elevados em intervalos mais longos.
  • Os fundos de maior porte tiveram um desempenho relativamente melhor do que os fundos de menor porte nos períodos de um, três, cinco e dez anos quando ponderados por ativos do que com ponderação equitativa; enquanto os fundos de menor porte ganharam do seu benchmark no primeiro semestre de 2023. A maior diferença ocorreu no período de um ano, sendo de 186 pontos base. O desempenho dos fundos de renda variável do Chile foi de 20,7% quando ponderado por ativos e de 18,9% com ponderação equitativa.

México

  • O S&P/BMV IRT subiu 12,4% na primeira metade de 2023. Para os gestores de fundos de renda variável do México, o sucesso foi particularmente evasivo no primeiro semestre de 2023 e 90,7% deles perderam para o S&P/BMV IRT. Embora tenham ficado ligeiramente abaixo do nível do primeiro semestre de 2023, as taxas de desempenho inferior aumentaram nos períodos de três, cinco e dez anos, para 70,7%, 77,3% e 85,0%, respectivamente.
  • Apesar do desempenho inferior da maioria dos gestores ativos no primeiro semestre do ano, as taxas de sobrevivência dos fundos ativos no México foram as mais altas da América Latina, atingindo 100,0%, 100,0%, 90,9% e 72,5% nos períodos de um, três, cinco e dez anos, respectivamente.
  • Os fundos de menor porte tiveram um melhor desempenho do que os fundos de maior porte em todos os períodos, especialmente no período de seis meses. O desempenho ponderado por ativos dos fundos de renda variável do México foi 180 pontos base menor do que o desempenho com ponderação equitativa.


Scorecard de Persistência na América Latina - Fechamento de 2022

Resumo

Os resultados dos investimentos podem ser atribuídos à habilidade ou à sorte? É mais provável que a habilidade genuína persista, enquanto a sorte é aleatória e fugaz. Portanto, uma medida da habilidade é a consistência do desempenho de um fundo em relação a seus pares. O Scorecard de Persistência mede essa consistência e demonstra que, independentemente da classe de ativos ou do estilo de investimento, o desempenho superior da gestão ativa normalmente é de curta duração, e que poucos fundos superam consistentemente os seus pares.

Dentro do total de 193 fundos em nossas sete categorias regionais relatadas no Brasil, Chile e México, dos fundos cujo desempenho os colocou no primeiro quartil durante o período de doze meses encerrado em dezembro de 2018, apenas dois fundos (menos de 5%) conseguiram permanecer nessa posição durante cada um dos quatro anos seguintes. O quadro 1 ilustra que, em todas as categorias exceto uma, menos de 50% dos fundos conseguiram repetir sua posição na metade superior durante dois períodos consecutivos de cinco anos.

Scorecard de Persistência na América Latina - Fechamento de 2022: Quadro 1

Destaques

Brasil

  • Os gestores brasileiros de fundos de renda variável com os melhores resultados não mantiveram seu desempenho superior nos anos seguintes. Entre os fundos de renda variável classificados no primeiro quartil durante o período de doze meses encerrado em dezembro de 2018, nenhum permaneceu constantemente no primeiro quartil nos seguintes três períodos de um ano (ver tabela 2). Os resultados superiores obtidos pelos fundos ativos durante 2020 não predisseram que o mesmo ia se repetir nos dos anos seguintes (ver tabela 1b).
  • A categoria de fundos de títulos de dívida pública do Brasil demonstrou um desgaste similar nos resultados superiores ao mercado: precisamente nenhum dos gestores que esteve no primeiro quartil em dezembro de 2018 conseguiu manter essa posição nos seguintes quatro períodos de doze meses (ver tabela 2).
  • Os fundos de títulos de dívida corporativa do Brasil se saíram um pouco melhor, visto que 4,8% dos gestores mantiveram um desempenho no primeiro quartil constantemente por cinco anos consecutivos e que 33,3% permaneceram no primeiro quartil por dois períodos consecutivos de cinco anos (ver a tabela 2 e a tabela 5).

Chile

  • A falta de persistência dos gestores de renda variável foi igualmente visível no Chile: apenas um em cada nove (11,1%) fundos situados no primeiro quartil durante o primeiro período de doze meses repetiu seu desempenho superior nos quatro anos seguintes (ver tabela 2).
  • A tabela 3 mostra que 25,0% dos fundos situados no primeiro quartil no primeiro período da matriz de transição de três anos mantiveram a sua posição no final do segundo período.
  • No caso dos fundos classificados na metade superior durante o período de três anos encerrado em dezembro de 2019, a maioria caiu para a metade inferior, foi fundida ou liquidada no período de três anos seguinte (ver tabela 4).

México

  • Assim como em outras regiões, os gestores posicionados no primeiro quartil no México tiveram dificuldade em replicar sua classificação nos anos posteriores. Após um ano, apenas 18,2% dos fundos mexicanos de renda variável se mantiveram no primeiro quartil, e depois de quatro anos, nenhum deles se manteve (ver tabela 2).
  • A matriz de transição de cinco anos demonstra que 60% dos fundos no primeiro quartil posteriormente caíram para o terceiro ou quarto quartil, ou foram fundidos ou liquidados, enquanto apenas 20,0% permaneceram primeiro quartil (ver tabela 5).
  • Em consonância com os dados do Scorecard SPIVA® da América Latina de fechamento de 2022, o México teve uma maior taxa de sobrevivência de fundos que o Brasil e o Chile em todos os períodos medidos. As tabelas 3, 4, 5 e 6 demonstram que, em média, os fundos mexicanos tiveram uma chance menor de serem fechados do que os fundos brasileiros e chilenos.


SPIVA® da América Latina: Fechamento de 2022

Contributor Image
Joseph Nelesen, Ph.D.

Head of Specialists, Index Investment Strategy

S&P Dow Jones Indices

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Anu R. Ganti

U.S. Head of Index Investment Strategy

S&P Dow Jones Indices

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Davide Di Gioia

Director, Index Investment Strategy

S&P Dow Jones Indices

Resumo

O Scorecard SPIVA da América Latina mede o desempenho de fundos mútuos de gestão ativa no Brasil, Chile e México, em comparação com seus respectivos benchmarks em diferentes horizontes de tempo, fornecendo estatísticas de taxas de desempenho superior, taxas sobrevivência e dispersão no desempenho dos fundos.

Destaques do fechamento de 2022

Em um ano em que o diferencial entre os melhores e piores desempenhos dos benchmarks latino-americanos atingiu mais de 35%, as taxas de desempenho inferior entre os gestores ativos variaram significativamente por país e por classe de ativos. Os gestores de ações no México e de títulos de dívida no Brasil tiveram um desempenho melhor do que a maioria e menos da metade dos fundos perdeu para os seus benchmarks. Em todas as outras categorias, a maioria dos fundos ativos teve um desempenho inferior ao benchmark em 2022 e em períodos mais longos (ver quadro 1).

Quadro 1: percentual de fundos da América Latina superados pelo benchmark

México

  • O S&P/BMV IRT perdeu 5,74% durante o ano civil de 2022. A maioria dos gestores ativos de fundos de renda variável do México teve um bom desempenho durante o ano e menos de um terço (28,89%) perdeu para o benchmark. Em períodos mais longos, o desempenho superior foi mais efêmero, pois 68,18%, 67,39% e 85,37% dos gestores perderam para o benchmark em períodos de 3, 5 e 10 anos, respectivamente (ver relatório 1a).
  • A mediana do desempenho superior dos fundos ativos foi de 2,48% em 2022, mas tornou-se negativa em horizontes de tempo mais longos e a mediana do desempenho inferior dos fundos foi de 2,47%, 2,17% e 2,21% nos períodos de 3, 5 e 10 anos, respectivamente (ver relatório 5). Durante o período de 10 anos, até mesmo os melhores resultados dos gestores do primeiro quartil ficaram atrás do benchmark em 0,56%.
  • As taxas de sobrevivência dos fundos ativos no México permaneceram as mais altas da América Latina com 100%, 97,73%, 89,13% e 75,61% nos períodos de 1, 3, 5 e 10 anos, respectivamente (ver relatório 2); isto marcou seis scorecards consecutivos em que os fundos de renda variável do México tiveram as taxas de sobrevivência mais altas nos períodos de 3 e 5 anos.
  • Fundos com ativos maiores tiveram um desempenho relativamente melhor do que fundos menores em 2022, e os retornos médios para os fundos de renda variável do México foram 2,77% mais altos com uma ponderação por ativos do que com ponderação equitativa.

Brasil

  • O mercado brasileiro de valores fechou 2022 sem variações e o S&P Brazil BMI subiu 0,07% (ver relatório 3). As empresas de grande porte, medidas pelo S&P Brazil LargeCap, caíram 5,38%, superando o desempenho das empresas de médio e pequeno porte, medidas pelo S&P Brazil MidSmallCap, que terminou o ano com uma queda de 10,70%.
  • Em 2022, 50,40% dos fundos mid/small cap brasileiros de gestão ativa perderam para o seu benchmark, enquanto uma grande maioria dos fundos ativos de renda variável teve um desempenho inferior ao de seus benchmarks em outras categorias. Enquanto isso, 81,21% dos fundos large cap do Brasil e 61,06% dos fundos de renda variável do Brasil tiveram resultados inferiores aos dos seus benchmarks. Os gestores ativos de todas as categorias, com exceção dos fundos large cap do Brasil, tiveram um desempenho fraco em relação aos seus benchmarks respectivos no período de 10 anos encerrado em 2022. As taxas de desempenho inferior neste período foram de 89,22%, 80,56% e 87,06% nas categorias de fundos de renda variável, fundos large-cap e fundos mid/small cap do Brasil, respectivamente.

Chile

  • O mercado acionário do Chile se destacou entre os seus pares globais e o S&P Chile BMI alcançou um ganho de 25,17% no período de 12 meses encerrado em 31 de dezembro de 2022 (ver relatório 3).
  • A maioria dos gestores ativos de fundos de renda variável teve um desempenho inferior ao S&P Chile BMI em todos os períodos estudados, mas a taxa de desempenho inferior foi especialmente elevada em períodos mais longos: 80,00% e 95,45% dos fundos ativos perderam para o seu benchmark nos períodos de 5 e 10 anos, respectivamente (ver relatório 1a). Os fundos tiveram medianas de desempenho inferior ao benchmark de 1,83% e 2,70% nos períodos de 1 e 10 anos, respectivamente (ver relatório 5).
  • Durante o período de 1 ano, o tamanho dos fundos não teve importância para os retornos e os fundos ativos de renda variável no Chile subiram 22,59% e 22,61% quando ponderados equitativamente e quando ponderados por ativos, respectivamente. Durante o período de 10 anos encerrado em 2022, no entanto, os retornos ponderados por ativos dos fundos de renda variável do Chile apresentaram uma média de 0,44%, enquanto os retornos ponderados equitativamente tiveram uma média de 1,01%, indicando um caso relativamente raro em que fundos com maiores ativos geraram um desempenho ligeiramente inferior ao do seus pares menores (ver relatórios 3 e 4).
  • Durante o período de 10 anos, até mesmo os melhores resultados dos gestores do primeiro quartil ficaram atrás do benchmark em 1,22%.

Renda fixa

  • Entre os gestores ativos de renda fixa, menos da metade dos títulos de dívida corporativa do Brasil e os títulos de dívida pública do Brasil teve um desempenho inferior aos seus benchmarks em 2022 (ver relatório 1a). Os títulos de dívida corporativa do Brasil e os títulos de dívida pública do Brasil ganharam dos seus benchmarks em 1,75% e 1,84%, respectivamente, ao ser ponderados por ativos em 2022 (ver relatórios 3 e 4). Em períodos mais longos, as taxas de desempenho inferior aumentaram significativamente: 92,75% dos títulos de dívida corporativa do Brasil e 94,21% dos títulos de dívida pública do Brasil não conseguiram bater os seus benchmarks no período de 10 anos que terminou em 2022.

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