INTRODUÇÃO
Índices que integram dados ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG pela sigla em inglês) estão se convertendo em uma tendência principal da indústria pois os investidores procuram cada vez mais alinhar seus valores com seus investimentos. Um novo tipo de índice ESG foi desenvolvido para facilitar esta mudança no Brasil: Índice S&P/B3 Brasil ESG. O índice, desenvolvido em conjunto pela S&P Dow Jones Indices (S&P DJI) e a B3, não destaca apenas empresas com forte desempenho ESG (como os índices ESG usualmente fazem), mas também permite a alocação de recursos para este tipo de companhias sem a exigências dos investidores assumirem grandes riscos em relação ao mercado.
A EVOLUÇÃO DOS ÍNDICES ESG
Em 1999, a S&P DJI lançou o primeiro índice ESG global, o Dow Jones SustainabilityTM World Index (DJSI World). Ao incluir o patamar superior (10%) das empresas de cada indústria de acordo com seu desempenho ESG, conforme determinado pela Avaliação de Sustentabilidade Corporativa (CSA) realizada pela SAM, parte da S&P Global,1este índice inovador encorajou as empresas a incorporar vários fatores ESG em suas decisões, para além de considerações financeiras de curto prazo.
Nos anos seguintes, outros índices, incluindo versões regionais do DJSI World, como o DJSI Emerging Markets, foram lançados com esta mesma filosofia em mente: destacar as melhores empresas de sua classe e assim inspirar as companhias a melhorar suas abordagens ESG a fim de serem incluídas nestes índices.
Embora estes índices tenham sido bem sucedidos e tenham de fato inspirado as empresas a mudar de forma positiva, aspectos de suas metodologias apresentam desafios para muitos investidores. Algumas estratégias podem ser muito restritas para investidores que querem permanecer amplamente diversificados.