NESTA LISTA

O Maior Fundo de Pensões no Mundo se Envolve na Divulgação sobre Emissões de Carbono

Resultados do Scorecard SPIVA da América Latina - primeiro semestre de 2018

Índices de Renda Variável da América Latina: 3.° Trimestre de 2018

Outras estratégias de renda fixa para o Brasil

Índices da América Latina: 2° trimestre de 2018

O Maior Fundo de Pensões no Mundo se Envolve na Divulgação sobre Emissões de Carbono

No dia 25 de setembro de 2018, o Fundo de Pensão do Governo do Japão (conhecido como GPIF por sua sigla em inglês) — o maior fundo de pensão do mundo — anunciou a escolha de dois novos índices compostos por empresas com baixas emissões de carbono, o S&P/JPX Carbon Efficient Index e o S&P Global Ex-Japan LargeMid Carbon Efficient Index, com uma alocação de 1,2 trilhões de ienes japoneses (aproximadamente US$ 10,6 bilhões).

Norihiro Takahashi, presidente do GPIF, comentou que “o GPIF espera que os índices de ações ambientais globais proporcionem uma oportunidade para as empresas trabalharem na eficiência de carbono e divulgação das emissões. Além disso, os índices podem incluir empresas de pequeno porte não abrangidas por outros índices ESG, o que concorda com a ideia do GPIF de melhorar a sustentabilidade do mercado geral. O GPIF vai continuar se envolvendo no investimento em fatores ESG a fim de manter as reservas de pensão para as futuras gerações”.

A abordagem de mercado geral utilizada pelo GPIF é um estudo de caso bem interessante. Mas, pode uma abordagem de investimento passivo tradicional ajudar com a transição para uma economia de baixo carbono? Os primeiros indícios são positivos. Desde o lançamento dos índices, a Trucost — uma divisão da S&P Global e provedor de dados para o S&P Carbon Efficient Index — viu uma alta de 700% no número de consultas de empresas que buscam entender como o seu desempenho em termos de emissões de carbono é avaliado (e como eles podem melhorá-lo no futuro).

Embora o investimento do GPIF em índices eficientes em carbono pode ser descrito como de estilo passivo, a equipe está tomando uma abordagem ativa para o engajamento com o mercado. Só durante esta semana, 500 empresas e investidores encheram o “Foro de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, organizado em Tóquio pelo jornal Nikkei. O presidente do GPIF junto com Mark Carney, presidente do Banco da Inglaterra, e Richard Mattison, CEO da Trucost, destacaram a importância da transição para uma economia baixa em carbono. A S&P Dow Jones Indices e a Trucost salientaram os componentes principais da série de índices S&P Carbon Efficient.

Mark Carney enfatizou a importância das recomendações do Grupo de Trabalho Sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD) e incentivou as empresas e investidores a avaliarem a resistência de sua estratégia em diferentes quadros de transição climática, utilizando técnicas de análise para diferentes

pdf-icon PD F Baixar artigo completo

Resultados do Scorecard SPIVA da América Latina - primeiro semestre de 2018

Contributor Image
Phillip Brzenk

Managing Director, Global Head of Multi-Asset Indices

S&P Dow Jones Indices

O Scorecard SPIVA da América Latina para o primeiro semestre de 2018 já foi publicado. O scorecard acompanha o desempenho dos fundos mútuos de gestão ativa no Brasil, Chile e México até o final de junho de 2018. mostra o desempenho dos gestores contra o benchmark de sua categoria em períodos de um, três e cinco anos.

Nos períodos de curto e longo prazo, a maioria dos gestores não conseguiu superar o seu benchmark. A única exceção foi o grupo de ações large cap do Brasil, onde uma pequena maioria de gestores conseguiu ganhar do seu benchmark no horizonte temporal de um ano. No entanto, em períodos mais longos, os resultados foram similares a outras categorias e mais de 87% dos gestores perderam para o seu benchmark no horizonte de cinco anos.

apresenta a média de retornos anualizados de cinco anos para os fundos com ponderação equitativa ou por ativos dentro de cada categoria. A comparação de ambos tipos de retornos pode proporcionar informações relevantes sobre o desempenho dos gestores de diferentes tamanhos (em função de seus ativos sob gestão).

pdf-icon PD F Baixar artigo completo

Índices de Renda Variável da América Latina: 3.° Trimestre de 2018

Contributor Image
Silvia Kitchener

Director, Global Equity Indices, Latin America

S&P Dow Jones Indices

Este trimestre trouxe diferentes expectativas para a região. Em geral, os retornos durante este período foram positivos. No entanto, a América Latina continua no vermelho em 2018. O S&P Latin America 40, um benchmark amplamente usado na região, teve um trimestre sólido com retornos de 6,4%. Os países que contribuíram para esta recuperação foram os dois maiores mercados da região: Brasil e México. Em termos de USD, o S&P Brazil BMI apresentou retornos de 5,1% durante o trimestre, enquanto o retorno do S&P/BMV IPC no México foi de 10,3%.

À medida que entramos nos últimos três meses do ano, muitas incertezas dos meses anteriores têm começado a se revelar. Já finalizaram os processos de eleições presidenciais em muitos países da América Latina, deixando novos líderes no México, Colômbia, Chile, Peru e em breve no Brasil. Apesar das controvérsias, os mercados têm respondido de maneira positiva aos resultados das eleições. No México, o Nafta foi substituído por um acordo similar chamado de Acordo entre EUA, México e Canadá ou USMCA, pelas siglas em inglês. Esta boa notícia para o México provocou uma alta no mercado de renda variável do país no final do trimestre. O Brasil, por sua vez, está no meio do processo de eleições presidenciais, cujo primeiro turno foi no dia  de outubro de 2018. Como foi previsto, o candidato presidencial da extrema direita, Jair Bolsonaro, ganhou o primeiro turno das eleições. Em geral, a sua vitória é vista como mais favorável para os mercados financeiros em comparação com os outros candidatos. Isto também gerou uma alta no mercado de renda variável do Brasil. Os outros países, no entanto, não tiveram um bom desempenho ao examinar os retornos em dólares durante o terceiro trimestre. A Colômbia teve as maiores perdas, seguida pelo Peru, o Chile e a Argentina.

É interessante observar o impacto das moedas nos retornos dos índices. No caso do S&P Colombia Select, O S&P/BVL Peru Select e o S&P/CLX IPSA do Chile, os retornos em dólares não foram tão diferentes dos retornos em moeda local. Contudo, em outros mercados como o Brasil ou a Argentina, as taxas de câmbio tiveram um grande impacto. No Brasil, por exemplo, o retorno total do S&P Brazil BMI foi quase o duplo do retorno em dólares: 9,0% versus 5,1%, respectivamente. A diferença mais acentuada foi na Argentina, onde a versão em dólares do S&P Argentina BMI quase não teve variações (-0,48%), enquanto a versão em pesos argentinos atingiu 40,7% durante o mesmo período. No México, as taxas de câmbio tiveram o efeito contrário. O S&P/BMV IRT teve uma melhor performance em dólares do que em pesos mexicanos (10,8% e 4,3%, respectivamente).

Também vale a pena destacar que os setores de Energia, Materiais e de Finanças foram os três melhores em termos de desempenho durante o trimestre, conforme a medição dos índices setoriais do S&P Latin America BMI. Estes setores tiveram retornos de 12,5%, 8,2% e 6,6%, respectivamente. Não é surpresa que três das cinco ações de melhor desempenho do S&P Latin America 40 durante o trimestre pertençam ao setor de Energia: a Ecopetrol, da Colômbia, teve uma alta de 31%, enquanto as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras, no Brasil, subiram 23% e 18%, respectivamente.


Outras estratégias de renda fixa para o Brasil

Nos últimos dez anos, o valor mais elevado da taxa referencial (TR) do Banco Central do Brasil foi 14,25%, entre julho de 2015 e setembro de 2016. Na tentativa de conter a depreciação do real brasileiro e manter a inflação dentro do alvo definido, a TR caiu 775 pontos base para um nível mínimo histórico de 6,50% no final de agosto de 2018. Além disso, do 1,8 trilhão de dólares (USD) de dívida pendente, quase 60% pertencem a títulos soberanos. Devido a estes fatores, um maior fluxo de dinheiro tem sido necessário nos últimos anos

Uma maneira de obter exposição à renda fixa, além dos títulos de dívida típicos, são os derivativos. Por isso, a S&P Dow Jones Indices, em parceria com a B3, criou o S&P/BM&F Índice de Futuros de Taxa de Juros - DI 3 anos. Este índice procura medir o desempenho de uma carteira hipotética composta por um contrato futuro de DI de três anos. O contrato é na taxa interbancária com prazo de um dia, que é usada pelos bancos brasileiros para pedir e tomar prestado um dos outros. O contrato fornece una maneira de se proteger (hedge) ou especular nas taxas de juros de curto prazo no Brasil.

O índice constitui um benchmark para entidades financeiras que procuram medir o retorno sobre seus investimentos e pode funcionar como a base para um instrumento de investimentos, pois é um indicador fácil de replicar e foi criado levando em conta possíveis benefícios fiscais. O índice também é calculado em dólares americanos, o que faz com que seja acessível para investidores fora do Brasil. o desempenho das versões de excesso no retorno (ER) e retorno total (TR) do índice.

pdf-icon PD F Baixar artigo completo

Índices da América Latina: 2° trimestre de 2018

Contributor Image
Silvia Kitchener

Director, Global Equity Indices, Latin America

S&P Dow Jones Indices

O segundo trimestre de 2018 mostrou que na América Latina a volatilidade é a rainha. Os resultados foram sólidos para a região no primeiro trimestre, período em que o México esteve atrasado em relação aos outros países. Já no segundo trimestre, esses resultados positivos praticamente desapareceram e a América Latina voltou para território negativo. As recentes eleições presidenciais no México e na Colômbia, bem como as próximas eleições a serem realizadas no Brasil, geram incerteza no panorama econômico. O Brasil, que é o maior mercado da região, teve um segundo trimestre consideravelmente difícil. Durante este período, o país apresentou uma importante depreciação da sua moeda, altas nas taxas de inflação, bem como desafios fiscais e políticos que em grande parte contribuíram para o declínio da região. Durante o segundo trimestre de 2018, o S&P Brazil BMI teve uma queda de 26% em dólares americanos, enquanto os índices regionais S&P Latin America BMI e S&P Latin America 40 recuaram 18% e 19%, respectivamente.

Sem dúvidas, a América Latina está vivendo dificuldades significativas. No entanto, quanto aos índices, um dos fatores que teve o maior impacto foi a variação cambial da moeda. Todos os índices locais e regionais apresentaram quedas abruptas nos seus rendimentos quando medidos em dólares americanos, mas os investidores locais encontraram uma situação diferente na região. Um bom exemplo disso é o S&P MILA Pacific Alliance Composite, que exclui o Brasil. A região ampla de 141 ações teve retornos de -5% em dólares americanos durante o trimestre, mas em pesos chilenos e mexicanos, os retornos foram positivos: 2,7% e 2,5%, respectivamente. Em pesos colombianos, o índice não apresentou variações (0,1%) e em novos sois peruanos, ele caiu 3%. Esta situação demonstra que, dependendo do país, a taxa de câmbio desempenha um papel importante na performance do índice.

Apesar do baixo desempenho, houve alguns retornos positivos, especialmente no México e na Colômbia. Os índices S&P/BMV IPC e S&P Colombia Select exibiram um desempenho forte em moeda local, gerando retornos de 4,4% e 10,4%, respectivamente. Outro segmento que forneceu resultados positivos foi o setor de energia da região da Aliança do Pacífico,1 que apresentou um retorno de quase 4% no trimestre e de 64% para o ano (até junho de 2018) em dólares americanos.

A volatilidade é o fator mais importante na América Latina e por isso será interessante observar o que acontece no próximo trimestre. Até agora, as eleições presidenciais no México quase não tiveram impacto no mercado e, na primeira semana de julho, o Brasil voltou para território positivo. Contudo, ainda restam muitas semanas para o próximo trimestre. Fique ligado às novidades.

Para mais detalhes sobre o desempenho na América Latina, confira o scorecard: Índices de Renda Variável da América Latina: 2° trimestre de 2018.


Processando ...