Este artigo foi publicado originalmente no blog de Indexology® em 15 de julho de 2021.
Quanta diferença um ano faz. As ações da América Latina apresentaram um segundo trimestre sólido e ultrapassaram a maioria das regiões, uma vez que o S&P Latin America BMI subiu 15,7%. Em junho de 2021, o índice registrou o seu melhor retorno de 12 meses desde junho de 2007, com uma alta de 46,6%. Mais de um ano depois a pandemia de COVID-19 causar estragos na economia e na saúde pública global, o S&P Latin America 40 foi um dos índices com melhor desempenho da região, com um aumento de 51% para o período de um ano que terminou em junho.
Graças ao desenvolvimento de vacinas efetivas para combater o vírus, o otimismo econômico global é palpável. No segundo trimestre, o S&P 500® subiu 8,5%, enquanto o S&P Europe 350® teve uma alta de 7,7%, e o S&P Emerging BMI de 7,5%. Apesar do entusiasmo, os mercados emergentes e a América Latina especificamente continuam sendo motivo de preocupação devido à lentidão da aplicação de vacinas, o que permite que variantes potencialmente resistentes a estas enfraqueçam quaisquer ganhos obtidos durante este período de recuperação. Adicionalmente, a crise social e política observada em países como o Chile, a Colômbia e o Peru são uma possível ameaça à estabilidade e ao crescimento das economias domésticas e regionais.
Consequentemente, os países que tiveram o melhor desempenho no segundo trimestre foram a Argentina, o Brasil e o México. Entretanto, todos os países andinos apresentaram um desempenho inferior. O S&P MILA Andean 40, que representa os mercados do Chile, Colômbia e Peru, caiu 10,6% em dólares americanos. Ao realizar a medição em moeda local, o S&P IPSA e o S&P/BVL Peru Select 20% Capped Index foram os índices com o pior desempenho, com quedas de 11,6% e 9,6%, respectivamente, enquanto o S&P Colombia Select Index caiu 2,5%.