Este artigo foi publicado originalmente no blog da Indexology® em 18 de agosto de 2022.
Visto que a inflação é um grande problema na economia atual, os consumidores estão procurando cada vez mais maneiras de combater a perda de poder aquisitivo. Uma maneira de conseguir isto é ter fontes de receitas que acompanhem ou até superem a taxa de inflação. Nas últimas quatro décadas, os dividendos desempenharam um papel cada vez mais importante como fonte de receitas, passando de apenas 2,88% de todas as receitas em dezembro de 1981 para 6,25% de todas as receitas em março de 2022.
Nos períodos inflacionários, a história tem demonstrado a importância de se concentrar em empresas que aumentam consistentemente os dividendos. A capacidade de uma empresa para aumentar consistentemente os dividendos pode sinalizar que é uma empresa de qualidade, capaz de gerar continuamente fluxos de caixa crescentes, bem como altos retornos sobre o capital.
Metodologia do crescimento de dividendos
Neste artigo, vamos nos concentrar no S&P U.S. Dividend Growers Index e o S&P Global ex-U.S. Dividend Growers Index, que oferecem exposição a empresas que aumentaram consecutivamente os dividendos por dez e sete anos, respectivamente. Além do filtro de política de dividendos, fica excluído o patamar superior de 25% das ações, classificadas conforme rendimento de dividendos anual indicado. Isso diminui o risco de participar em “armadilhas de rendimento”, ou seja, empresas que apresentam rendimentos de dividendos elevado só por causa de grandes quedas nos preços das suas ações.
A taxa de crescimento de dividendos ultrapassa a taxa de inflação em longo prazo
O quadro 1 mostra a média da taxa de crescimento de dividendos anual para os componentes atuais do S&P U.S. Dividend Growers Index. A média da taxa de crescimento de dividendos anual nos últimos quinze anos foi de 13,71%, ou seja, superou a média da taxa anual do IPC dos EUA de 2,21% no mesmo período.