RESUMO
O scorecard SPIVA da América Latina compara o desempenho de fundos mútuos de gestão ativa no Brasil, Chile e México com seus benchmarks em períodos de um, três, cinco e dez anos.
O 2020 foi um ano volátil para os mercados financeiros. Após um sell-off significativo durante o primeiro trimestre, os mercados se recuperaram posteriormente no transcurso do ano. No entanto, a recuperação esteve marcada pela incerteza. Apesar desta maior volatilidade, a maioria dos gestores ativos perdeu para o seu benchmark, especialmente em períodos mais extensos. A categoria Fundos de renda variável do Chile teve resultados relativamente melhores e os gestores ativos conseguiram ganhar do seu benchmark no período de um ano. Contudo, mesmo esta vantagem desapareceu em períodos mais extensos.
Brasil
- Após cair 15,62% no primeiro semestre do ano, o S&P Brazil BMI subiu 26,90% durante o segundo semestre. O mercado brasileiro de valores encerrou 2020 com uma alta de 7,08% (confira o relatório 3). As empresas large cap e mid/small cap também se recuperaram durante o último semestre de 2020, com retornos de 28,99% e 21,39%, respectivamente, medidos pelos índices S&P Brazil LargeCap e S&P Brazil MidSmallCap. Em agosto de 2020, o Conselho Monetário Nacional reduziu a taxa Selic de 2,25% para 2,00% (25 pontos base) e manteve as taxas estáveis durante o resto do ano.1 Isto ajudou à recuperação dos mercados financeiros durante o segundo semestre.
- No período de um ano, a maioria dos gestores de fundos ativos perdeu para os seus benchmarks em todas as categorias: 74,14% em Renda variável do Brasil, 88,80% em Fundos large cap do Brasil e 63,22% em Fundos mid/small cap do Brasil não conseguiram ultrapassar o seu benchmark. Adicionalmente, os gestores ativos de todas as categorias de fundos perderam para os seus respectivos benchmarks nos períodos de cinco e dez anos (confira o relatório 1).
- Todas as categorias, com exceção de Títulos de dívida pública do Brasil mostraram que, durante o período de um ano, os fundos de maior capitalização (por ativos) tiveram um desempenho inferior aos fundos de menor capitalização, especialmente na categoria Fundos mid/small cap do Brasil. No entanto, durante o horizonte de dez anos, a performance dos fundos maiores foi melhor que a dos fundos menores ao comparar o desempenho médio ponderado equitativamente (confira o relatório 3) com o desempenho médio ponderado por ativos (confira o relatório 4).