Conheça The Market Measure, uma nova série de vídeos com novas perspectivas dos mercados através do prisma dos índices. A cada mês, tenha acesso a análises sobre diferentes regiões geográficas, classes de ativos e estratégias de investimento.
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O primeiro episódio explora as dinâmicas que impulsionam as tendências de desempenho global em 2024, bem como as possíveis consequências dos máximos históricos para os participantes do mercado.
[TRANSCRIÇÃO]
Benedek Vörös:
Na S&P Dow Jones Indices, medimos os mercados. Olá, sou Ben Vörös e isto é The Market Measure.
Vamos começar revisando como foi 2024 para os mercados globais. Nos EUA e no mundo, a maioria de índices de ações tiveram um bom ano. O Dow subiu 15%, o S&P 500 25%, seguidos pelas mid e small caps, com 14% e 9%. Este gráfico mostra o desempenho em dólares americanos, cujo fortalecimento foi um elemento principal do desempenho em múltiplas regiões. A China e o Canadá subiram em duplo dígito, 16% e 11%. As menores altas foram da Europa, onde o S&P Europe 350 subiu apenas 3%, e da América Latina, que caiu mais de 20%. Os índices de renda fixa subiram em 2024, mas os de longo prazo sofreram, incluindo os EUA, onde o S&P U.S. Treasury Bond Current 10-Year Index caiu 2%, sua terceira queda em 4 anos. As commodities subiram: o S&P GSCI Index teve uma alta de 9%, enquanto o S&P GSCI Gold subiu 27%.
O S&P 500 alcançou dois marcos em 2024. Após atingir 5.000 pela primeira vez em fevereiro, no Veterans Day fechou acima de 6.000 antes de descer para 5.900 no final do ano. O benchmark blue-chip dos EUA também atingiu 57 máximos históricos em 2024, que são os pontos cor laranja do gráfico. Este é o quinto ano com mais máximos desde sua criação. Historicamente, estes máximos não foram um bom momento para vender. Como mostra este gráfico, desde 1957, após um novo recorde, o S&P 500 alcançou outro no dia seguinte 55% das vezes, em um mês, 92%, e 99% em um ano ou menos. Mas às vezes, em alguns mercados a espera é muito maior. Por exemplo, os investidores de ações no Japão esperaram mais de 35 anos para o S&P Japan BMI atingir um novo recorde em ienes. O benchmark japonês também Caiu 76% após seu máximo em 1989 ao mínimo em março de 2009.
O S&P Japan BMI finalmente atingiu um novo recorde em 11 de julho de 2024. Mas após um novo recorde em 2 de agosto, o banco central do Japão surpreendeu com um aperto monetário inesperado enquanto o resto do mundo, incluindo os EUA, flexibilizava. O resultado foi o caos nos mercados do mundo, com Japão no epicentro. O iene japonês teve grandes oscilações, bem como o S&P Japan BMI, que teve sua pior perda diária histórica em 6 de agosto, com uma queda de 12%. O banco central reverteu seu rumo no dia seguinte, e o índice teve seu terceiro melhor dia e subiu 10%.
A volatilidade dos mercados de ações dos EUA foi menor, mas ainda houve oscilações. Em nível de indústrias, houve uma diferença de mais de 100% nas indústrias com melhor e pior desempenho do S&P Composite 1500. Nos dois extremos, Energia independente e renovável disparou 89%, enquanto Produtos pessoais caiu 17%. O gráfico mostra o desempenho das indústrias do S&P Composite 1500 e seus pesos. A largura dos segmentos representa o peso de cada indústria, e sua cor representa seu desempenho em 2024. Os segmentos mais largos, ou indústrias com maior peso, tendem a ser azuis, enquanto os amarelos são estreitos. Em outras palavras, as indústrias com mais peso se deram melhor, e as de menor porte se deram pior.
Esta tendência dos segmentos maiores também foi observada em índices de ações dos EUA. O S&P 500 Top 10 Index, que representa os 10 maiores componentes do S&P 500, subiu 41%, enquanto o S&P 500 Equal Weight subiu apenas 13%, 1% menos do que o S&P MidCap 400. As small caps seguiram: o S&P SmallCap 600 se valorizou 9%. Também houve um spread acima de 100% entre os melhores e piores mercados globais em 2024. A Quênia liderou subindo 90% enquanto o Brasil, no fundo, caiu 28%. Entre os desenvolvidos, Israel liderou com 33%. A China e a Índia, gigantes da Ásia, foram vistos de perto em 2024. O S&P India BMI se valorizou 26% nos primeiros 3 trimestres, e como as ações da China caíram a Índia quase ganhou dela em capitalização, o que teria feito da Índia o maior componente do S&P Emerging BMI. Após as medidas de estímulo da China em setembro, a sorte mudou e as suas ponderações no S&P Emerging BMI se separaram.
Com tal diferença nos desempenhos, será interessante ver como os fundos ativos se deram em 2024. Os últimos dados são da metade de 2024 e mostram que, com exceção da África do Sul, a maioria de fundos ativos de renda variável perdeu para seu benchmark regional no período de 5 anos. Em breve iremos publicar os relatórios SPIVA para 2024, em 9 regiões, para ver o desempenho dos fundos ativos em 2024.