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Análise do desempenho de fundos liquidados no Brasil

Reponderando os fatores ESG: Alterar a ponderação dos componentes faz alguma diferença?

Apresentando o Scorecard de Persistência na América Latina

Panorama da sustentabilidade no Brasil

Examinando o G dos fatores ESG: A relação entre a boa governança e o desempenho das ações – Parte 2

Análise do desempenho de fundos liquidados no Brasil

Em 2015, a S&P Dow Jones Indices começou a analisar a performance dos fundos de renda variável administrados ativamente no Brasil, a través do Scorecard SPIVA® da América Latina. Além do desempenho, também observamos um número significativo de fundos de renda variável no Brasil que foram liquidados ou fundidos durante os últimos cinco anos. Os fundos podem desaparecer por diferentes motivos, como custos operativos elevados, uma nova legislação, desempenho inferior ao mercado, etc., e quando isso acontece, eles liquidam seus ativos ou, raramente, são fundidos com outro fundo. No presente artigo, analisamos o desempenho desses fundos no período em que estiveram ativos para determinar se o desempenho inferior ao benchmark poderia ter sido uma causa da liquidação dos fundos.

Agrupamos os fundos em períodos de um, três e cinco anos, utilizando os dados da categoria Renda variável do Brasil, com base no Scorecard SPIVA da América Latina (fechamento 2017). combina os dados dos relatórios 1 (performance) e 2 (sobrevivência) do scorecard e considera os fundos liquidados e fundidos como se estivessem perdendo para o benchmark, já que eles não apresentam o histórico completo de desempenho para o período correspondente de análise retrospectiva. Esta consideração garantiu que o viés de sobrevivência do universo dos fundos fosse eliminado. Se os fundos desaparecidos fossem excluídos da nossa análise, a percentagem de fundos que ganham do benchmark apresentaria uma tendência para cima, devido a que o baixo desempenho poderia ser a causa do encerramento dos fundos.

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Reponderando os fatores ESG: Alterar a ponderação dos componentes faz alguma diferença?

Na série de artigos Examinado o G dos fatores ESG , analisamos a relação entre as pontuações das dimensões ambiental (E), social (S) e de governança (G) e o desempenho futuro das ações. Nos três casos, os resultados mostraram que as carteiras do primeiro quintil superaram o desempenho das carteiras do último quintil. No entanto, uma análise mais profunda revelou que a carteira classificada segundo a dimensão de governança apresentou o maior spread entre o primeiro e último quintil (1,68%), enquanto a carteira classificada segundo a dimensão social teve o menor spread (1,34%) em um horizonte temporal de longo prazo (janeiro 2001 - dezembro 2017). Em períodos de médio prazo, tais como cinco anos, os maiores retornos do spread foram os da carteira ambiental (E), que registrou 2,70%, enquanto a carteira classificada segundo o critério social (S) apresentou os piores resultados (-0,63%).

Portanto, os participantes do mercado com interesse nos fatores ESG deveriam prestar atenção no seu horizonte temporal de investimento e as expectativas de retorno associadas.

De acordo com o processo de pontuação de RobecoSAM, as ponderações relativas dos componentes da pontuação ESG mudam dependendo da indústria, devido à materialidade deles em cada indústria. Por exemplo, conforme mostrado , a dimensão ambiental recebeu uma maior ponderação na indústria de serviços de eletricidade em comparação com as indústrias de bancos ou de produtos farmacêuticos, enquanto a dimensão de governança teve uma maior ponderação na indústria de produtos farmacêuticos. Logo depois, a pontuação ESG total foi calculada aplicando estas ponderações específicas por indústria nas dimensões ambiental, social e de governança.

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Apresentando o Scorecard de Persistência na América Latina

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Phillip Brzenk

Managing Director, Global Head of Multi-Asset Indices

S&P Dow Jones Indices

Dando continuidade a estudos similares elaborados pela S&P Dow Jones Indices sobre fundos ativos nos EUA e na Austrália, apresentamos o Scorecard de Persistência na América Latina. Os dois estudos mencionados demonstram, em resumo, que os fundos ativos de melhor desempenho têm poucas chances de repetir o sucesso nos anos seguintes. Com o intuito de determinar se é possível obter conclusões similares para a América Latina, analisamos o desempenho de fundos ativos no Brasil, Chile e México.

O Scorecard de Persistência na América Latina apresentou duas caraterísticas fundamentais: em primeiro lugar, medimos a persistência dos fundos ativos de melhor desempenho que se mantiveram no primeiro quartil ou na metade superior de rendimentos durante períodos consecutivos de três e cinco anos. Em segundo lugar, as matrizes de transição mostraram os movimentos dos fundos entre quartis e metades durante dois períodos independentes de três anos. As matrizes também mostraram a percentagem de fundos liquidados ou fundidos durante o período do estudo.

mostra a persistência no desempenho dos fundos do primeiro quartil com base na performance de 2013 (ano zero). O desempenho destes fundos foi comparado com o seu universo respectivo nos quatro anos seguintes para determinar se conseguiram se manter na liderança do desempenho.

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Panorama da sustentabilidade no Brasil

No congresso anual da ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, que representa os administradores de fundos de pensão no Brasil), a sustentabilidade foi um dos temas principais. O evento permitiu discussões aprofundadas com investidores institucionais brasileiros, reguladores, funcionários da B3 (anteriormente conhecida como Bovespa e atualmente a maior bolsa de valores na América Latina), grupos que promovem a sustentabilidade e diversos gestores de ativos. O diálogo com estas partes se centrou nas dificuldades e no futuro dos fatores ESG no Brasil. A partir dessas reuniões com os participantes do mercado foi possível perceber que há um grande interesse nos fatores ESG junto com um vasto conhecimento sobre o tema. As seguintes são as principais conclusões destas conversas.

É o momento indicado para ter interesse em soluções ESG

O Brasil está saindo do maior escândalo de corrupção da sua história: o caso Lava Jato, que envolveu a Petrobras (maior empresa estatal do Brasil), grandes empreiteiras que pagaram propinas à Petrobras a fim de ganhar licitações e altos funcionários de governo que receberam pagamentos de executivos da Petrobras. De acordo com as autoridades brasileiras, os pagamentos e honorários associados com o esquema criminoso ultrapassam US$ 2 bilhões. Dado este cenário, existe uma clara tendência positiva e se centrar na governança corporativa, bem como maximizar o valor entregue aos acionistas (ou seja, a visão de longoprazo ou os aspectos “G” dos fatores ESG) parecem estar no topo da lista de prioridades para os participantes do mercado. De fato, o programa e os temas abrangidos no congresso da ABRAPP se focaram principalmente em aspectos de governança. Considerando que as taxas de interesse no Brasil estão diminuindo e ficando mais estáveis, o ambiente faz com que as soluções sustentáveis de múltiplas classes de ativos sejam atrativas para os participantes do mercado.

O foco na educação e no país são fundamentais para o sucesso dos fatores ESG no Brasil

No congresso, foi possível perceber um apetite importante pelo intercâmbio de conhecimento e a maioria dos participantes do mercado manifestaram o seu desejo de começar a implementar a sustentabilidade em suas carteiras de investimento, sem saber exatamente por onde começar. O sucesso dos fatores ESG no Brasil, ou em qualquer lugar, dependerá consideravelmente da medida em que as partes ativas no campo da sustentabilidade ofereçam dados e pesquisas suficientes sobre as empresas locais, bem como de se existe ou não uma solução de investimento apropriada. Em ambos os casos, é necessária uma abordagem mais centrada no Brasil do que em toda a América Latina. Os investidores institucionais brasileiros entendem a importância do investimento em fatores ESG e aceitam que esta estratégia chegou para ficar. Portanto, a velha concepção errada de que investir em fatores ESG prejudica os rendimentos não foi um obstáculo para este tipo de investimento. Pelo contrário, a confusão sobre como começar o processo pareceu ser um maior impedimento do que decidir se começá-lo ou não.

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Examinando o G dos fatores ESG: A relação entre a boa governança e o desempenho das ações – Parte 2

Desde o início do ano até agora (12 de abril de 2018), Facebook (FB) está 7,13% abaixo do seu retorno total de 53% em 2017. O que começou como um problema pela filtração de dados cresceu até abranger na atualidade preocupações sobre aspectos como a estrutura administrativa, procedimentos e medidas de salvaguarda. O que esses problemas têm em comum é que todos estão associados à governança. Contudo, os participantes do mercado tendem a se preocupar com a governança só quando as coisas não estão saind bem, apesar da evidência empírica demonstrar que as empresas com uma governança sólida tendem a apresentar um melhor desempenho do que aquelas com uma governança mais fraca.

Analisamos o componente “G” dos fatores ESG, um aspecto em que as empresas tecnológicas geralmente não se destacam. No artigo anterior, decompusemos os diferentes elementos ou dimensões que fazem parte da pontuação de governança da S&P Dow Jones Indices. Neste segundo artigo da série, examinamos as informações de retorno contidas no componente de governança e como os investidores podem gerenciar o risco ao evitar empresas com baixas pontuações no quesito governança.

A fim de testar se as pontuações ESG (especificamente do aspecto “G”) estão correlacionadas com o desempenho futuro das ações, construímos carteiras hipotéticas por quintis rebalanceadas anualmente, classificamos as ações de acordo com suas pontuações e acompanhamos o seu desempenho durante os 12 meses seguintes. O universo subjacente foi o de RobecoSAM, que começou com 400 empresas globais em dezembro de 2000 e que aumentou para mais de 4.000 ações em 2017. As carteiras por quintis foram construídas anualmente em 31 de dezembro de cada ano e os retornos foram medidos em dólares (USD).

Com respeito à pontuação de governança, se analisarmos o período desde o início em 2001 até o presente, não houve muita diferença no desempenho das empresas nos três quintis superiores. No entanto, houve uma clara diferença entre esses quintis e o último . Em média, os títulos com as menores pontuações de governança tiveram um desempenho inferior (7,84%) àqueles com uma melhor classificação.

O spread entre o primeiro e último quintil foi maior no critério de governança, representando quase o dobro do spread da pontuação ESG total (0,90%).

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