Comentário de janeiro de 2025
Panorama do mercado
Em janeiro, a Reserva Federal dos EUA decidiu manter a faixa-alvo da taxa de juros dos fundos federais em 4,25%-4,50% citando, como causas, a expansão da atividade econômica e uma taxa de desemprego estável. O relatório Manufacturing ISM Report on Business indicou que a atividade fabril dos EUA se expandiu pela primeira vez em 27 meses, chegando a 50,9% devido aos novos pedidos, o emprego, as entregas e a produção. De acordo com as Perspectivas da Economia Mundial do FMI, o crescimento global está projetado em 3,3% para 2025 e 2026, número que está abaixo da média histórica do crescimento do PIB de 3.7%. No grupo de economias avançadas, os EUA lideram com 2,7%, seguidos pela Espanha com 2,3% e pelo Canadá com 2,0%. Dentro dos mercados emergentes, a Índia lidera o crescimento do PIB com uma expectativa de 6,5%, seguida pela China com 4,6% e pela Arábia Saudita com 3,3%. Espera-se que as economias do México e do Brasil se contraiam em 2025 devido às tensões políticas internas e às tarifas dos EUA. O investimento estrangeiro direto (IED) nas economias em desenvolvimento caiu 2% em 2024, particularmente na Ásia (-7%) e na América Latina (-9%), enquanto o da África cresceu 86%. Espera-se que o IED cresça moderadamente em 2025. Na zona do euro, a inflação subiu para 2,5%, o que representa um aumento de 0,1% desde dezembro de 2024 por causa de serviços e alimentos, enquanto o desemprego subiu para 6,3%. Devido à fraca atividade econômica, o BCE reduziu sua taxa de referência em 0,25%, levando as taxas de juros oficiais da zona do euro para 2,75%, e novos cortes são esperados em março. O índice HSBC India Manufacturing PMI indicou que haveria um início de 2025 forte, aumentou para 57,7 e refletiu o maior crescimento das vendas internacionais nos últimos 14 anos.
Índices iBoxx USD Emerging Markets Broad
Desempenho em janeiro de 2025
Apesar das iminentes ameaças de tarifas, os títulos de dívida de mercados emergentes em moeda forte deram início ao ano de forma positiva, já que todos os índices registraram ganhos. O índice Overall HY teve um retorno de 1,45%, ganhando do Overall IG por 82 pb e do Overall por 53 pb. Neste mês, o Liquid Sovg. & Sub-Sovg ganhou de seu índice de referência (Sovg. & Sub-Sovg.) por 15 pb, impulsionado principalmente pelos títulos de dívida de alto rendimento do Equador, Argentina e Egito. Em particular, o Sovg & Sub-Sovg HY ultrapassou todos os índices de alto rendimento com uma alta de 1,74%, a qual esteve 60 pb acima do Corporate HY e 51 pb acima do Liquid Sovg & Sub-Sovg. Os índices de alto rendimento tiveram os retornos de um ano mais altos, o Sovg & Sub-Sovg HY teve um retorno de 14,61% e o Corporates HY um de 10,26%; eles foram principalmente influenciados pelos títulos de dívida de países como Argentina, Chile e China.
No caso dos 10 primeiros países, os rendimentos aumentaram ligeiramente em comparação com dezembro de 2024. Os aumentos de rendimento mais notáveis foram observados no México, que esteve 40 pb acima do mês passado, e no Brasil com 37 pb. O aumento nos rendimentos dos títulos do México e a queda no retorno mensal (-19 pb em comparação com dezembro, mas ainda positivo com 0,62%) foram provavelmente afetados pelo risco das tarifas de 25% dos EUA para todos os bens importados. Essas tarifas se aplicaram por apenas um dia em fevereiro antes do início das negociações. Em janeiro, os títulos de dívida do Brasil tiveram um retorno de 1,64%, o qual foi o maior retorno de um mês em comparação com seus pares.