Comentário de Fevereiro de 2025
Panorama do mercado
Em fevereiro, o medo das políticas protecionistas dos EUA se intensificou à medida que a implementação das tarifas se tornou iminente. As tarifas de 25% impostas ao México e ao Canadá (que foram adiadas um mês) entraram em vigor em 4 de março e espera-se que as três economias sejam afetadas. Em resposta, o Canadá já anunciou tarifas retaliatórias e espera-se que o México faça o mesmo. A última estimativa para o primeiro trimestre de 2025 do GDPNow do Fed de Atlanta foi de -2,8%, o que representa uma virada completa em relação à estimativa inicial de 2,9% no final de janeiro de 2025. Uma das razões que poderiam explicar a diminuição da estimativa do PIB dos EUA foi a publicação do índice ISM Manufacturing em 3 de março, o qual caiu para 50,3% em fevereiro (0,6% mais baixo do que em janeiro). A desaceleração de novos pedidos e da produção foram citadas como causas dessa queda. No contexto de tarifas e retaliações, um relatório do Fed de Dallas publicado em 4 de março afirmou que o crescimento do PIB do México se abrandou para apenas 0,9% ano contra ano no quarto trimestre de 2024 e espera-se que desacelere ainda mais. O relatório citou um menor investimento, o abrandamento do consumo e a contração do setor de energia. Na Europa, a taxa da inflação caiu 0,1% para 2,4% em fevereiro, enquanto a taxa de desemprego se manteve estável em 6,2%. De acordo com um relatório recentemente lançado pelo Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), a previsão econômica para as economias europeias emergentes foi diminuída em 0,3% e ficou em 3,2%. Os países com mais exposição às tarifas americanas, particularmente sobre o aço e o alumínio, foram a Bulgária, a Eslovênia e a Romênia. Na Ásia, o índice HSBC India Manufacturing PMI recuou para seu ponto mais baixo em 14 meses e caiu de 57,7 para 56,3 em janeiro devido a um abrandamento brusco no crescimento das vendas, essa foi sua expansão mais lenta desde dezembro de 2023.
Apesar das voláteis condições do mercado em fevereiro, todos os índices iBoxx USD Emerging Markets tiveram resultados positivos, o benchmark Overall atingiu um retorno de 1,42%, esse é um aumento de 50 pb em relação a janeiro. Particularmente, os títulos de dívida no Overall IG ganharam dos do Overall HY por 108 pb, em contraste com o mês anterior (consulte o Apêndice no final deste documento para os nomes abreviados dos índices). O índice Sovg & Sub-Sovg HY sofreu uma desaceleração significativa, registrando um retorno mensal de apenas 0,15%, o que é uma queda de 159 pb em relação aos 1,74% de janeiro. Os títulos de dívida do Sovg & Sub-Sovg IG ganharam do benchmark Overall por 66 pb e do Sovg & Sub-Sovg por 69 pb. No âmbito dos títulos corporativos, o desempenho esteve distribuído de forma mais equitativa: os títulos do Corporates IG ganharam dos do Corporates HY por só 15 pb. O índice Liquid Sovg & Sub-Sovg registrou um retorno mensal de 1,39%, coincidindo em grande parte com seu índice de referência. No entanto, os índices Overall HY e Sovg & Sub-Sovg HY ficaram atrás a respeito de seus retornos de um ano.
Os rendimentos das 10 principais economias acompanhadas pelo índice Overall também baixaram por causa de uma diminuição de 25 pb nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. As maiores diminuições no rendimento foram observadas na China com -30 pb, na Coréia do Sul com -30 pb e no México com -29 pb. Em fevereiro, o México, o Chile e o Catar registraram os maiores retornos do grupo com 2,41%, 2,35% e 1,85%, respectivamente.