Este artigo foi publicado originalmente no blog de Indexology® em 5 de outubro de 2022.
Lições do Scorecard SPIVA da América Latina - Primeiro semestre de 2022
Os Scorecards SPIVA® (S&P Indices Versus Active) publicados a cada semestre medem o desempenho de fundos de gestão ativa em comparação com seus benchmarks em vários mercados ao redor do mundo. De acordo com o último Scorecard SPIVA da América Latina - Primeiro semestre 2022, o desempenho acumulado do ano entre gestores de fundos ativos em países latino-americanos variou significativamente.
Os gestores de renda variável do Chile tiveram o pior desempenho na região, pois apenas 6% dos fundos de gestão ativa superaram o S&P Chile BMI. Os gestores de renda variável do Brasil se saíram um pouco melhor, visto que 43% dos fundos tiveram um desempenho superior ao benchmark. Em contraste, o México foi um ponto destacado excepcional, já que 63% dos fundos ganharam do benchmark local. Uma explicação para a grande variação nas taxas de desempenho superior é o ambiente geral para a seleção de ações. Apenas 16% das ações no S&P Chile BMI superaram o próprio S&P Chile BMI ponderado por capitalização; enquanto uma proporção maior, 39% dos componentes do S&P Brazil BMI ganharam do seu benchmark e um total de 66% dos componentes do S&P/BMV IRT do México teve um desempenho superior. O quadro 1 compara esses números com a porcentagem de fundos de renda variável de gestão ativa com desempenho superior, o que ilustra uma correspondência que sugere, especialmente no Chile, que o desempenho superior das empresas de maior porte tornou mais difícil superar o benchmark para os selecionadores de ações.

Além de resultados de desempenho mistos, os países latino-americanos também diferiram nas suas taxas de sobrevivência, como mostra o quadro 2. Após dez anos, aproximadamente 70% dos fundos de renda variável do Brasil, os fundos de títulos corporativos do Brasil e os fundos de renda variável do Chile deixaram de existir, e os títulos corporativos do Brasil apresentaram uma acentuada tendência de queda após o quinto ano. Em contraste, os fundos de renda variável do México tiveram um desempenho muito melhor, pois 78% dos fundos conseguiram sobreviver após dez anos; isso reflete a sua taxa de desempenho inferior em longo prazo relativamente menor em comparação com as outras categorias.
