Ao chegarmos ao final do primeiro trimestre de 2019, vemos que a América Latina teve um bom desempenho no período. O índice regional amplo, S&P Latin America BMI, gerou um retorno de quase 9% e o S&P Latin America 40, que representa as empresas mais importantes da região, subiu cerca de 8%. Estes resultados seguiram os retornos dos mercados de valores na Europa e o Japão, onde o S&P Europe 350® e o S&P/TOPIX 150 geraram retornos respectivos de 11% e 8%. O mercado americano teve resultados excepcionais no primeiro trimestre, período em que o S&P 500 subiu quase 14%.
Todos os setores do GICS® (Padrão Global de Classificação Industrial) na América Latina tiveram uma boa performance, com exceção de Bens de Consumo Discricionário, que não teve variações. Os setores que contribuíram significativamente para o desempenho da região no primeiro trimestre foram Energia e Serviços de Utilidade Pública, que geraram retornos respectivos de 19% e 14%.
Em termos dos países, a Argentina teve um trimestre forte, gerando um retorno de 10,5% em pesos argentinos (ARS) conforme a medição do S&P MERVAL. No Brasil, o índice amplo S&P Brazil BMI subiu cerca de 9% tanto em dólares (USD) quanto em reais (BRL). O S&P/CLX IPSA do Chile ganhou 3% em pesos chilenos (CLP). Na Colômbia, o S&P Colombia Select teve um trimestre extraordinário com um retorno de 19% em pesos colombianos (COP). O índice principal do México, o S&P/BMV IPC, subiu mais de 4% em pesos mexicanos (MXN). Por último, o índice de alta capitalização de Peru, S&P/BVL Peru Select, gerou um retorno de quase 10% em sóis peruanos (PEN). Em geral, o primeiro trimestre foi excelente para os mercados da região.
Ao olharmos para os outros segmentos de cada mercado, vemos que os índices não somente tiveram um bom desempenho no primeiro trimestre de 2019, mas também durante períodos mais longos. Um bom exemplo disto é o S&P Dividend Aristocrats Brasil Index, que subiu quase 13% durante o trimestre, mas também teve um forte rendimento dos dividendos (6,1%), fornecendo um ganho duplo para os investidores. Do mesmo modo, o Índice S&P/B3 Valor Aprimorado teve retornos inigualáveis de 35% durante o período de um ano e 39% no período de três anos encerrado em março de 2019. No Chile, o S&P/CLX Chile Dividend Index ganhou do índice emblemático do país em termos de retornos e rendimento dos dividendos. O México teve um bom trimestre, mais a maioria dos seus índices principais seguem no vermelho durante o ano e em horizontes temporais mais longos. No entanto, algumas estrelas brilhantes têm conseguido se manter em terreno positivo nos períodos de curto e médio prazo. Alguns exemplos são os índices S&P/BMV IPC Quality, Value & Growth, S&P/BMV FIBRAS e S&P/BMV China SX20. No Peru, os setores de Serviços Financeiros e Produtos Básicos de Consumo têm demonstrado ser os mais consistentes ao longo dos anos.